Adegas, resultado da integração dos imigrantes italianos no Brasil

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LOUVEIRA – Produção de uva, vinho e sucos da Vinícola Micheletto. Todas as fotos deste post são de Márcio Masulino.

As adegas estão intimamente ligadas aos imigrantes italianos que começaram a chegar ao Brasil na segunda metade do século XIX. Apesar da presença dos excelentes vinhos portugueses e espanhóis desde o início da colonização, foram os italianos que desenvolveram em escala comercial o cultivo da uva e seus derivados. Esses imigrantes, conhecedores profundos da viticultura, aplicaram toda a história e tradição de suas origens na fabricação do vinho.

Como no caso dos alambiques, as adegas vão de rústicas a sofisticadas, todas com excelente qualidade, tanto é que o vinho escolhido para o Papa João Paulo II, em sua visita ao Brasil em 1980, veio da região.

Muitos fatores foram decisivos para tanto sucesso: primeiro, o conhecimento do cultivo da uva; segundo, o solo propício; terceiro, o clima; quarto, a altitude mais elevada que no litoral; e, quinto, a capacidade de comercialização e modernização na relação entre produtores e consumidores. Quando entramos numa adega, nos sentimos em casa, diante do tratamento dispensado aos visitantes.

Além disso, podemos degustar vários tipos de vinho, acompanhados de acepipes fantásticos. Sentimo-nos acolhidos nos braços de nonos e nonas de tão pitoresca e agradável que é a experiência. Sem falar que é muito comum ouvirmos casos e histórias que vão longe, quando os cicerones percebem que você é curioso e quer conhecer mais sobre a vida de seus antepassados.

As adegas são o retrato mais fiel do sucesso e da integração dos imigrantes italianos em terras brasileiras.