O cultivo de frutas no interior do Estado de São Paulo, principalmente nas cidades que compõem o Circuito das Frutas, cortado pelo Corredor Dom Pedro e suas vicinais, tem sua origem na imigração. No início da colonização dessa região, eram produzidos o algodão, a cana-de-açúcar e o café, que reinaram por muitas décadas. Com a vinda dos imigrantes, principalmente os italianos, o cultivo da uva foi o marco para transformar as frutas em fonte de renda e atrativo turístico para essas cidades. Com a queda do valor do café no mercado internacional, provocada pela quebra da Bolsa de 1929, nos Estados Unidos, os produtores do grão tiveram de migrar para outros segmentos, como a indústria, e se desfizeram de grande parte de suas fazendas. Esse foi o momento em que os colonos puderam plantar com mais liberdade, conforme suas culturas ancestrais.
Na década de 1930, onde hoje é o município de Louveira, ocorreu uma mutação na uva niágara branca, e esta obteve uma coloração rosada. De sabor doce, essa nova uva niágara agradou o paladar de todas as regiões do Brasil. Desde então, essa variedade é o carro-chefe da produção do Circuito das Frutas. Para homenagear essa fruta tão importante, foi realizada em Jundiaí a primeira festa tendo uma fruta como tema central. Daí por diante, a Festa da Uva entrou de vez no calendário oficial de várias cidades da região. Mais tarde, as produções de morango, caqui, goiaba, pêssego e figo também passaram a receber suas respectivas festas.
Hoje, o Circuito das Frutas é responsável por grande parcela da exportação desses produtos.
JARINU – Colheita de pêssego. VALINHOS – Plantação de goiaba roxa. JUNDIAÍ – Plantação de uva niágara. LOUVEIRA – Plantação de uva niágara rosada. ATIBAIA – Plantação de morango. JUNDIAÍ – Plantação de café.