Hidrografia da Região

A região do Corredor Dom Pedro possui um dos maiores sistemas de reservatórios de água do Brasil: o Sistema Cantareira. E isso só foi possível pela quantidade de rios e ribeirões que ali existem. Também rios como o Paraíba do Sul, Jundiaí, Mogi Guaçu, Atibaia, Capivari, Quilombo e o Jaguari aumentam a capacidade hídrica dessa região.

O Sistema Cantareira é composto de várias represas que, com a ação da gravidade, as abastecem e assim seus reservatórios distribuem água para uma grande quantidade de cidades que a transportam para as casas, as indústrias e as fazendas. A importância da construção dessas represas é tão grande que até a cidade de Igaratá teve que literalmente ser reconstruída, na década de 1960, em outro lugar, para que a cidade original fosse dominada pelas águas do rio Jaguari.  Historicamente, as margens dos rios foram essenciais para que os para os primeiros colonizadores do interior do estado de São Paulo se estabelecessem.

Foi nessas margens que muitos povoados surgiram, com suas capelinhas e pequenas áreas de plantação, não à toa. A água sempre foi a fonte primordial da vida, sem ela, não sobreviveríamos. A partir daí esses povoados cresceram, foram elevados à categoria de vilas e, mais tarde, cidades e até regiões metropolitanas como a de Campinas. Além da importância na sobrevivência humana, as águas dos rios e das represas são um grande atrativo turístico, proporcionam muito lazer, principalmente na prática de esportes, e geram renda aos moradores locais.

Atualmente, programas de preservação dos mananciais e das matas ciliares estão implantados em toda a região para que essa riqueza natural não se esgote. Para isso se tornar realidade muitos projetos de conscientização de uso racional da água e da compreensão da importância das matas ciliares e das áreas de manancial foram realizados ao longo das últimas três décadas.

Quando estamos trafegando no Corredor Dom Pedro, em certos pontos, temos a oportunidade de ver esses “mares” azuis contrastando com o verde do entorno quando passamos pelas inúmeras pontes construídas sobre eles.