Jardins Botânicos, destinados a estudos e à preservação ambiental

Jardins Botânicos
JUNDIAÍ – Espaço África no Jardim Botânico. Todas as fotos deste post são de Márcio Masulino

Os jardins botânicos se diferenciam dos demais jardins por especificidades e objetivos que ultrapassam o paisagismo. Esses locais reúnem coleções de relevância na flora local e são destinados a estudos e à preservação ambiental.

O maior jardim botânico do mundo, inaugurado no século XVIII, é o Royal Botanic Gardens, em Kew, na região de Londres, Inglaterra. O primeiro jardim botânico brasileiro foi fundado por D. João VI, na cidade do Rio de Janeiro, em 1808. E o mais antigo do mundo ocidental de que se tem relato foi o Jardim de Teofrasto, de 370 a. C., em Atenas, Grécia.

Por se tratar de um espaço científico, para um jardim conseguir o título de “botânico”, foram estabelecidas regras e normas, no mundo e no Brasil. As exigências são muitas: as coleções de plantas vivas devem ser reconhecidas, documentadas, identificadas e organizadas para estudos, documentação e pesquisas, compondo assim um patrimônio florístico. Também devem estar acessíveis ao público com o objetivo de educar e preservar o meio ambiente. As coleções devem ser protegidas com o uso de tecnologias para o cultivo de espécies raras, exóticas, silvestres e em perigo de extinção.

Devem ter bancos de germoplasmas e reservas genéticas e, de forma sistemática, fazer registros e documentação sobre o acervo vegetal para a promoção de conhecimentos entre as várias esferas. No Brasil, a criação de jardins botânicos deve ser registrada no Ministério do Meio Ambiente, o qual será o responsável pela fiscalização dos compromissos assumidos. Diante destas e de outras responsabilidades que um Jardim Botânico assume, quando visitamos um deles, não temos a noção exata do trabalho científico e técnico realizado em seu interior e muitas vezes fora de sua área física.

Entre as cidades que compõem o Corredor Dom Pedro, Jundiaí e Paulínia lutaram para conseguir um espaço tão valioso e primordial, ao se comprometerem a cumprir todas as normativas impostas e oferecer ao público e à sociedade um serviço de excelência, não apenas na exposição e na disposição das coleções, mas também na preservação da flora local.