O aquarelista Diógenes Duarte Paes

O pintor Diógenes Paes, é uma figura ilustre entre os jundiaienses e os que apreciam a pintura. Um amante de sua cidade natal, Diógenes se destacou com suas aquarelas. Na década de 1950, era um dos maiores aquarelistas do Brasil. Nascido em 1896, sua arte é uma “herança” por parte de seu avô, também pintor, João Batista de Faria Paes.

Estudos

Na década de 1920, Diógenes foi para a cidade de São Paulo com o intuito de aprimorar suas técnicas. Ali, estudou pintura, desenho e outras técnicas de pinturas com Antônio Rocco e John Appleby. Também aprendeu vários idiomas como o espanhol, o inglês e o francês.

Maiores exposições

Em 1948, com mais de 50 obras, expôs na Galeria Itá. Dois anos depois, na livraria do Mappin. E, em 1951, no Museu de Arte de São Paulo – MASP fez a exposição, sob o nome de “Exposição de Desenhos Folclóricos”, com trinta telas, entre elas: “Antegozando os fogos”, “O pito de barro”, “Depois da procissão”, “Folia do Divino”, “Domingo de Ramos” e “Recomenda das almas”.

Jundiaí na ponta do pincel

Como dito anteriormente, Diógenes amava Jundiaí e fez dela sua fonte de inspiração. Desta forma, deixou de presente para seus conterrâneos telas do cotidiano da cidade. Suas obras imprimem não só uma realidade caricata, mas também o “ar” intrínseco nas cenas pintadas. Nos quadros “Nhazinha Gata” e “Pharmacia da Boa Prosa” o cotidiano não é estático, ele traz à memória do espectador lembranças queridas. Na tela “Nhazinha Gata”, a sala de aula da escola da Rua Baronesa do Japi. Já a “Pharmacia da Boa Prosa”, algumas figuras conhecidas da cidade conversam com o farmacêutico Zacharias de Goes.

Bandeira de Jundiaí

Ao vencer um concurso, Diógenes teve a honra de projetar e pintar a bandeira de Jundiaí. E aqui está a definição dos elementos de sua obra: o rio Jundiaí é o azul; o branco, o verde e o vermelho são uma homenagem aos imigrantes italianos; as datas 1615 e 1655, fundação e elevação à vila respectivamente; o verde são as áreas rurais de cultivo da uva; a roda dentada se refere à indústria; e o baluarte é uma alusão ao que antigamente Jundiaí representava, a porta do sertão do interior dos estado de São Paulo.

Homenagens

Diógenes morreu em 1964. Em sua homenagem a Pinacoteca de Jundiaí recebeu seu nome e, no bairro do Retiro, a Escola Estadual Diógenes Duarte Paes.