A arquitetura de suas construções, ao longo do desenvolvimento dos centros urbanos e das áreas rurais, refletem a cultura e os elementos estruturais de um povo. Essas edificações representam momentos relevantes da história local e da evolução de seus ciclos econômicos e sociais. As cidades que fazem parte do Corredor Dom Pedro preservaram grande parte desses edifícios, como as igrejas matrizes e as capelas; as fazendas, com suas casas-sedes, senzalas, tulhas e terreiros; os solares e palacetes dos Barões de Café e a riqueza da decoração de suas fachadas e interiores; as estações de trem, maiores ou menores, e suas dependências; os institutos e prédios públicos; e prédios com linhas mais contemporâneas.
Em todos esses exemplares, alguns tombados, outros não, foram utilizadas técnicas construtivas que atestam a evolução da construção civil. Nos primórdios da colonização e diante da pouca opção de matéria-prima, o uso da taipa de pilão, do adobe e do pau a pique formaram o estilo colonial. Na época da riqueza da cultura do café, com a importação de elementos decorativos, como o vidro, as tintas coloridas e os portões de ferro, surgiram o neocolonial e o neoclássico. Na metade do século XX, o concreto ganhou espaço definitivo, marcando o início do modernismo. Arquitetos anônimos ou grandes empresas, como a Ramos de Azevedo, assim como escultores, pintores e entalhadores, ergueram o país. Com suas mentes e mãos brilhantes, marcaram definitivamente a memória, a história e a identidade cultural brasileira.
MOGI GUAÇU – Prédio da antiga cadeia, um dos mais antigos da cidade. ATIBAIA – Solar Coronel Manoel Jorge Ferraz (1834). NAZARÉ PAULISTA – Escola Estadual Francisco Derosa (1944). VALINHOS – Casa do artista plástico Flávio de Carvalho, projetada em estilo modernista (1929). CAMPINAS – O prédio da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, construído em estilo colonial espanhol (1944).