Catedral Nossa Senhora do Desterro

A Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí, é um dos marcos da colonização do interior do estado de São Paulo. Quando os colonizadores adentrarem nos sertões, para fundar um povoado, uma freguesia ou uma vila, era lei que se erguesse um templo católico dedicado, geralmente, ao proprietário da sesmaria. Por isso, que, ao valorizarmos esses templos, estamos preservando os primórdios da nossa história.

A história da Catedral Nossa Senhora do Desterro se iniciou, antes mesmo de sua construção. No local onde hoje está situada havia uma capela erguida pelo casal fundadores de Jundiaí, Sr. Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes, em 1651. Dedicada à Sagrada Família e como padroeira Nossa Senhora do Desterro, sua construção foi feita com as matérias primas encontradas na região e assim a taipa-de-pilão foi utilizada, com alguns traços do barroco português.

Nossa Senhora do Desterro

A devoção a Nossa Senhora do Desterro é muito emblemática para os primeiros colonizadores que aqui chegaram, pois é a representação do momento em que Maria, para salvar Jesus do Rei Herodes, fugiu e ficou desterrada no Egito, assim como os que deixaram sua terra natal e passaram a viver em um lugar desconhecido. Ela é a padroeira dos exilados e dos imigrantes. Na Itália é chamada de Madona degli Emigrati, Mãe dos imigrantes.

A grande reforma

Em 1886, com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, a Catedral Nossa Senhora do Desterro foi reformada e suas características iniciais se perderam. O estilo empregado por Azevedo foi o neogótico em uma referência às grandes catedrais europeias dos séculos XII e XIV.

O interior

O então vigário Hygino de Campos, em 1921, propôs uma reforma no interior da Catedral. Abóbadas ogivais, vitrais e afrescos foram acrescentados. Os afrescos são do italiano Arnaldo Mecozzi.

Restauração

Além das estruturas, entre 1997 e 2000, toda a Catedral foi restaurada, além do aumento da área da cripta. Aqui estão sepultados os bispos dom Gabriel Paulino Bueno Couto, dom Roberto Pinarello Almeida e dom Amaury Castanho.

Onde: Praça Governador Pedro de Toledo – Centro – Jundiaí.