Cerveja, produção artesanal nas cidades do Corredor Dom Pedro

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A quantidade e a qualidade das cervejas da região já justificam a criação de um roteiro para o turismo cervejeiro. Foto Márcio Masulino

A cerveja é uma das bebidas mais antigas feitas pelo homem. Resultado de uma fermentação acidental, no tempo em que o homem iniciava suas habilidades na doma dos alimentos, até se tornar a bebida mais consumida no mundo, a cerveja é símbolo de alegria, lazer e descontração. Porém, na Europa da Idade Média e nos primeiros anos da era Moderna, a cerveja era tomada principalmente porque filtrava a água, pois, nos centros urbanos, rios e córregos funcionavam como esgoto. Um dos principais fabricantes de cerveja eram os monges trapistas. Como esse líquido era literalmente bebido como água, muitos queriam fabricá-lo, e os resultados não poderiam ser piores, pois misturavam tudo o que encontravam para baratear a produção. Isso aconteceu até o ano de 1516, quando o duque Guilherme IV, da Baviera, promulgou a Reinheitsgebot, a Lei da Pureza da Cerveja, que estipulava os ingredientes certos para seu preparo: água, lúpulo e malte de cevada. Essa lei é considerada uma das mais antigas sobre alimentação do continente europeu. Depois disso, as cervejas foram se aprimorando até chegarmos à excelência das atuais.

A partir da década de 1980, após as grandes fábricas dominarem o mercado, muitas pessoas iniciaram estudos sobre a fabricação artesanal desse produto milenar. Em consequência, nas cidades do Corredor Dom Pedro, foram abertas muitas cervejarias de grande sucesso. Em alguns lugares, como Jacareí, que recebeu o epíteto de “Capital da Cerveja”, existem inclusive associações.

A ciência do preparo da cerveja é tão ampla e fascinante, desde sua história até os elementos utilizados, que todo cervejeiro é, no fundo, um alquimista.