No início da colonização brasileira, os que aqui aportaram para reconstruir a vida tiveram como referência os conhecimentos indígenas para se alimentar. Pescados, mandioca, frutas, algumas ervas e animais de caça compunham a alimentação básica dos litorâneos. Com os anos e o desbravamento do interior, a agricultura se desenvolveu melhor, graças a um solo mais rico e com isso a culinária local foi se formando. Assim, os tubérculos, a cana-de-açúcar, os grãos e alguns animais, como galinhas e porcos, foram introduzidos aos poucos. Os pratos ganharam mais diversidade e o modo de prepará-los, também. Com a chegada de africanos, europeus e japoneses, mais ingredientes foram para a panela.
O intercâmbio dos produtos era feito pelos tropeiros que conseguiram, por exemplo, levar a bananada de Santos para Campinas e os embutidos de Jundiaí para Jacareí. Nesse ziguezague, a culinária típica brasileira foi formando sua personalidade. Hoje, apesar de a indústria de alimentos conquistar os quatro cantos do país, nas cidades que compõem o Corredor Dom Pedro podemos encontrar ingredientes e pratos caseiros e, muitos destes, preparados da mesma forma há séculos. Um dos destaques são os doces portugueses, as compotas e as geleias, assim como os vários tipos de cogumelos e temperos. Também os embutidos e o mel. E os pratos típicos de fazenda, elaborados em fogões a lenha, além das sobremesas, completam o roteiro gastronômico.
A fruta como ingrediente principal de doces. Os doces portugueses produzidos na região fazem parte da memória afetiva de seus munícipes. A produção de cogumelos de qualidade alavanca o turismo rural na região.