História de Louveira

História de Louveira
Estação Ferroviária de Louveira. Foto Arquivo Público do Estado

A História de Louveira se iniciou quando Gaspar de Louveira, imigrante espanhol, chegou ao Brasil na segunda metade do século XVII. Primeiramente, Gaspar se instalou em São Paulo. Lá ele se casou com Paschoa Costa. Segundo consta na genealogia paulista, Páscoa Costa era descendente de João Ramalho e da índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá, vultos históricos que foram aliados de Martim Afonso de Souza na colonização brasileira.

Estação de Abadia

Gaspar de Louveira e Paschoa Costa resolveram desbravar o interior e, em 1639, se instalaram nas terras do Pouso dos Oliveiras. As terras do Pouso pertenciam aos Oliveira e aos Leme de Prado. Aqui, era ponto de descanso dos bandeirantes que vinham do interior até Jundiaí. Quando Gaspar e sua esposa se fixaram, começaram o cultivo de videiras que trouxeram e sua bagagem. Mais tarde, vieram para essas terras, Helena do Prado e seu pai, João Leme do Prado que casou com a filha de Gaspar de Louveira, Ana Maria Ribeiro. Helena do Prado virou esposa de Manoel Calhamarez, em 1661, quando este, como dote, recebeu terras vizinhas. Esse pequeno núcleo que se tornou familiar foi o embrião do que hoje é a cidade de Louveira. E assim sucessivamente, seus filhos foram casando e aumentando a população, além de outras pessoas que vinham agregar a força de trabalho nessa região.

Ciclo do café

O café foi muito importante na história de Louveira. Ele foi o impulsionador das fazendas que se instalaram na região entre Campinas e Jundiaí. Por conta da grande produção do grão, em 1872, foi inaugurada uma Estação Ferroviária da Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Com essa estação a importância de Louveira aumentou e a conectou mais rapidamente com as cidades vizinhas. A utilização de mão de obra escrava nessas fazendas foi um fato até a sua total abolição. Consequentemente, a vinda de imigrantes, principalmente italianos, modificou a base da sociedade louveirense. Com a crise de 1929, as fazendas substituíram o cultivo do café por outros, dando ênfase nas frutas, principalmente uvas, verduras e legumes.

A uva Niágara rosa

A uva Niágara rosa é a uva de mesa mais consumida no Brasil. Entre os meses de dezembro e fevereiro, a encontramos em abundância nas feiras livres e nos supermercados. O que a maioria das pessoas não sabe é que essa qualidade de uva surgiu em terras louveirenses. Em 1933, na plantação de videiras de propriedade de Antônio Carbonari, no bairro Traviú, entre os cachos de uva Niágara branca, nasceram alguns de cor vermelha. Esses cachos diferentes foram descobertos por Aurélio Franzini, um viticultor da época. Essa diferenciação originou o que hoje são as Festas em homenagem a Uva das cidades da região. De sabor adocicado é uma das frutas nacionais que compõem a decoração das mesas natalinas.

Elevação

Apesar de seu desenvolvimento, a história de Louveira nos conta que ela só foi elevada a município em 1964. Antes pertenceu a Jundiaí e depois a Vinhedo com o nome de Vila de Rocinha.

Paisagem rural atual. Foto Márcio Masulino

Atualidade

Do pequeno pouso dos Oliveiras, hoje, Louveira é uma cidade turística estrategicamente localizada no “Circuito das Frutas”. Com boa infraestrutura para receber visitantes, o Turismo Rural se destaca. Próxima dos grandes centros urbanos como Campinas, Jundiaí e São Paulo, Louveira é um destino muito procurado para dias de descanso em meio à natureza.