A Estação Ferroviária de Louveira é um marco histórico do desenvolvimento do interior do estado de São Paulo. Com as terras da região de Campinas sendo utilizadas para o cultivo de café e com ótimos resultados, se fazia necessário o transporte para o Porto de Santos de forma mais rápida e segura. Não cabia mais levar toneladas de grãos em lombos de mulas e carroças. Então, foi construída a São Paulo Railway ligando Jundiaí a Santos. Mesmo assim, era preciso mais, pois o nosso café era consumido em todos os países do Ocidente. Desta forma, vários fazendeiros se reuniram e financiaram outros ramais e até outras linhas férreas que ligassem todo o oeste paulista à Jundiaí. Foi assim que surgiu a Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Companhia Paulista de Estradas de Ferro
O objetivo da construção dessa linha férrea era ligar Jundiaí até Rio Claro. Inaugurada em 1872 com o primeiro trecho Jundiaí – Campinas. Ela foi a primeira estrada de ferro eletrificada, e possuía suas próprias áreas de plantação de eucalipto para a fabricação de dormentes. Suas oficinas ficavam no Complexo Ferroviário de Jundiaí. Em 1971, passou sua gestão à Ferrovia Paulista S/A – Fepasa.
Estação Ferroviária de Louveira
A Estação Ferroviária de Louveira foi inaugurada como o nome de Estação Capivary, no ano de 1872, sendo a primeira estação da ligação Jundiaí – Campinas. Aqui, o primeiro Chefe de Estação foi o senhor Jesuíno de Oliveira Mendes, que também era o telegrafista. Somente em 1870, a estação recebeu o nome de Louveira. Em 1870, o prédio original foi demolido para a ampliação de outro ramal férreo: a Estrada de Ferro Itatibense. Em 1970, a estação foi desativada para transporte de passageiros.
Subestação de Francisco de Monlevade
A Subestação de Francisco de Monlevade é outro Patrimônio Histórico de Louveira ligado às estradas de ferro. Construída em 1921, essa subestação fez parte da eletrificação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Tombada pelo Patrimônio Histórico, abriga as quatro antigas residências dos engenheiros, galpão com máquinas norte-americanas, dois armazéns e uma estátua do engenheiro Francisco Paes Leme de Monlevade, em meio a um jardim de seis mil metros quadrados, com paisagismo em estilo inglês. Foi desativada em 1999, quando a estrada de ferro deixou de ser eletrificada e passou a utilizar o diesel.