A Fazenda Nossa Senhora da Conceição é uma das fazendas cafeeiras mais bem preservadas de Jundiaí. Foi constituída em 1810, e seu primeiro cultivo foi o da cana-de-açúcar. Já naquele tempo se destacava comercialmente. Porém, foi em 1850, com a cultura do café, que realmente a Fazenda se destacou na economia.
História
De propriedade do Barão de Serra Negra, Francisco José da Conceição, a Fazenda Nossa Senhora da Conceição chegou a ter 350 mil pés de café, em uma área de três mil alqueires, onde trabalhavam cerca 108 escravos. Aqui se hospedaram Dom Pedro II, a Imperatriz Thereza Christina, o Conde d’Eu e a Princesa Isabel.
Quando os imigrantes italianos chegaram à fazenda, começaram a cultivar uvas em suas colônias (dentro das terras da fazenda). Com a Quebra da Bolsa de Nova York, o comércio do café brasileiro no exterior caiu fortemente. Muitos cafeicultores faliram e/ou migraram para os centros urbanos. Com a Fazenda Nossa Senhora da Conceição, aconteceu o contrário. A herdeira e nora do Barão de Serra Negra, Angelina Conceição, substituiu a cultura do café pela cultura da uva e na produção de vinhos de mesa. Essa transformação, fez da fazenda uma das maiores produtoras de vinho e uva do estado de São Paulo. Com as finanças equilibradas, anos depois o café voltou a ser produzido.
Barão de Serra Negra
Francisco José da Conceição nasceu em Piracicaba no ano de 1822, e foi fazendeiro e político. Como fazendeiro, introduziu o cultivo do café em várias fazendas que adquiriu inclusive a Nossa Senhora da Conceição, nos idos 1850. Também construiu e comprou vários equipamentos para melhorar o beneficiamento do café. Na área social foi fundador da Santa Casa de Misericórdia e o Hospício dos Alienados. Na área comercial, além de cafeicultor fundou a Cia. de Navegação Fluvial a Vapor e o Banco de Piracicaba. Como político, foi presidente do Partido Liberal e amigo do Conde d’Eu. Recebeu o título de Barão em 1871 e faleceu em 1900.
Preservação
Os herdeiros do Barão de Serra Negra colocaram a Fazenda Nossa Senhora da Conceição em outro patamar. Além de produtora de excelente café e uva, abriram as portas desse monumento histórico para o Turismo Rural e Cultural. Aqui, totalmente preservadas estão: a casa grande, a tulha, o terreiro, a capela, a senzala doméstica e um acervo rico da história da própria fazenda com fotos, documentos e artefatos. A preocupação com o meio ambiente é constante e muitas ações voltadas para isso são realizadas.
Restaurante Dona Maria Helena
A antiga tulha abriga o Restaurante “Dona Maria Helena”. Adaptada para a nova atividade, a arquitetura original foi mantida e seu interior decorado com peças da época áurea do café. O prato típico é o “Arado” composto de: tutu de feijão, arroz, costelinha de porco, torresmo, ovo frito, banana empanada e vinagrete, feito no fogão à lenha.
Onde: Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra, km 72,5 – (11) 4535-1341/99744-0898 – Jundiaí.