Fazenda das Cabras em Campinas

Fazenda das Cabras
Foto Márcio Masulino

A Fazenda das Cabras foi criada em 1820, no rateio da Sesmaria do Sertão que pertenceu a Antônio da Cunha Leme e, mais tarde, vendida ao brigadeiro José Joaquim da Costa Gavião. Joaquim criou então o Engenho de Nossa Senhora da Conceição do Sertão e a Fazenda das Cabras. A primeira atividade da Fazenda das Cabras foi a criação de gado e depois o cultivo do café, já no século XIX. Com o aprimoramento das etapas da cultura cafeeira e suas necessidades, foram construídas, em 1877, as tulhas, a casa das máquinas e os armazéns. A casa sede foi erguida nos anos de 1883, em estilo colonial.

A Fazenda das Cabras passou por muitos proprietários, como: Floriano Camargo Penteado, Francisco José de Camargo Andrade, Maria Luísa Nogueira de Camargo, Joaquim Egídio de Sousa Aranha, Carlos Egídio de Sousa Aranha, Antônio de Sousa Ribeiro, Manuel de Almeida Filho e seus herdeiros.

A Fazenda das Cabras tinha um volume muito grande de café. Em 1900, sua produção chegou a doze mil arrobas, com duzentos alqueires de área e cerca de trezentos e trinta mil pés de café.

Por sua produtividade, era uma fazenda que tinha condições de adquirir os equipamentos necessários ao beneficiamento do café. Suas instalações, ainda preservadas com esmero, podem ser conhecidas.

Fazenda das Cabras
Foto Miro Martins

Atividades atuais

A Fazenda das Cabras, hoje, é um local para casamentos e eventos. Conta com uma infraestrutura para realizar as cerimônias e hospedar todos os padrinhos e noivos (ao todo, 22 pessoas). Para os noivos, serviços especiais são oferecidos. Com sol ou com chuva, os casamentos são lindamente preparados.

A Fazenda das Cabras também está aberta para reservas de reuniões corporativas e ecopedagógicas.

Memória

A Fazenda das Cabras é mais um exemplar das antigas fazendas cafeeiras da região de Campinas, onde foi polo do período áureo quando o Brasil foi exportador do chamado “ouro verde”. Daqui, os Barões do Café se projetaram politicamente promovendo mudanças substanciais no Brasil Império e na República. Foram nessas fazendas que imigrantes, negros, europeus e asiáticos começaram suas jornadas. E daqui, também saíram os grandes revolucionários da urbanização das então vilas e o início da industrialização brasileira.

Onde: Rodovia SP -81 – José Bonifácio Coutinho Moreira, km 14.

Foto Márcio Masulino