Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro

Foto: Divulgação

O Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro foi inaugurado em 1970, com seu nome em homenagem ao Barão de Mauá. Após reformas com base nas normas museológicas em 1995, o rico acervo foi disponibilizado ao público, de forma mais uniformizada, didática e lúdica.

Barão de Mauá

Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, foi uma das grandes figuras do século XIX no desenvolvimento brasileiro. Irineu era banqueiro, comerciante, industrial e também armador.

Nascido em 1813, viveu 76 anos e, na maioria deles, atuando na linha frente para implantar projetos que visavam à modernização. Por suas contribuições, no período imperial, recebeu os títulos de barão (1854), e visconde (1874). Entre suas principais iniciativas e obras pioneiras no Brasil, temos: primeiro estaleiro; primeira ferrovia, iluminação da cidade do Rio de Janeiro; revitalização do Banco do Brasil; instalação de cabo submarino telegráfico que ia da América do Sul até a Europa; e foi um dos responsáveis da abertura das estradas de ferro que ligavam Jundiaí ao interior. Na área social, era contra qualquer forma de escravidão e na econômica era a favor da adoção do livre comércio.

Companhia Paulista de Estradas de Ferro

Com o término dos trilhos da São Paulo Railway, em Jundiaí, fazendeiros e investidores resolveram construir outra ferrovia que ligasse Jundiaí até Rio Claro. Fundada em 1868, e inaugurada em 1872, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro venceu seu primeiro trecho: Jundiaí – Campinas. “A Paulista” foi inovadora em muitos aspectos, como a primeira a ser eletrificada e criou vários hortos florestais com o intuito de cultivar árvores, como o eucalipto, para a fabricação de dormentes. Seus serviços, como o restaurante e as cabines, eram de primeira qualidade para os passageiros. Com o passar dos anos, seus trilhos percorreram quase todo o estado de São Paulo. As oficinas foram estabelecidas em Jundiaí, no complexo ferroviário. Depois de várias crises do setor cafeeiro, entre outras, em 1971, foi integrada à Ferrovia Paulista S/A – FEPASA.

Complexo FEPASA – Jundiaí

Iniciado em 1890, aqui, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro abrigava suas oficinas de locomotivas a vapor. Ao todo são 34 edifícios, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, em uma área de mais de 100 mil metros quadrados. Depois da falência da FEPASA, o espaço passou para a administração da prefeitura no ano de 2001. Hoje, abriga várias Unidades de Gestão da Prefeitura de Jundiaí e também o Museu da Cia. Paulista, o Centro de Memória de Jundiaí, espaço para exposições e a Faculdade de Tecnologia – FATEC.

Onde: Avenida União dos Ferroviários, 1760 – (11) 4585-9750 – Jundiaí.

O acervo

O rico acervo do Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro é composto por maquetes, documentos, fotografias, móveis, ferramentas, aparelhos e maquinários, louças e pratarias dos vagões/restaurantes, assessórios, vestuário, livros, até extintores com tração animal, ou seja, tudo o que era utilizado no funcionamento dessa ferrovia. Além de ambientes que fazem referência à época como as salas de espera somente para as mulheres, da diretoria, da comunicação, entre outras, homenagens são prestadas aos funcionários da ferrovia. Tem muita coisa interessante para conhecer.  

Onde: Avenida União dos Ferroviários, 1760 – Centro – Jundiaí.